Mirian Leitão tabelando com Sardemberg fizeram tamanho emaranhado mental para justificar a cena de indignação com o episódio que produziram uma peça digna do Teatro do Absurdo (Ionesco vive!).
"Onde já se viu tomar empréstimo de um banco público para financiar a importação de diesel com alta concentração de enxofre? (...) E que falta de planejamento financeiro! Como que uma empresa do porte da Petrobras não consegue se planejar para pagar os tributos devidos?". Ao que o Sardemberg emitia grunhidos de regozijo.
"E o pre-sal? Não estava tudo maravilhoso há alguns meses atrás?" "Hiiiiii!!!!!!"
Mas meus caros midia-ligeira: souberam da crise internacional? Foram informados de que o crédito externo secou e que os nossos bancos privados não são lá muito chegados nas operações de crédito, a não ser que sejam em títulos do tesouro?
Ridículo. De certo perderam o senso.
E cabe perguntar: se estão tão atentos às operações de crédito entre bancos públicos e a Petrobrás, por que na época em que Francisco Gross na Petrobras e Mendonça de Barros no BNDES realizaram diversas operações de empréstimos da ordem de 4 bilhões de Reais nenhum jornalista se revoltou com o fato de que cada uma daquelas operações - note-se: entre dois entes públicos - deveria ser intermediada por um banco privado, a módicas taxas de 2% ou 80 milhões de Reais? Pior, a notícia da mamata tucana só veio a público quando o Carlos Lessa, presidindo o BNDES sob a gestão de Lula, resolveu acabar com o tal pedágio privado. E Lessa pagou caro pela ousadia.
Enfim. Diretas Já. Quero votar para diretor de redação.
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