25.11.08

país torto

Informa o site Folha Online que, no terceiro trimestre de 2008, em plena crise financeira mundial, a soma dos lucros dos 15 bancos brasileiros (com ações em bolsa) foi superior à soma dos lucros das 201 empresas não-financeiras do país (excetuada a Vale, a Petrobrás e a Eletrobrás). (veja detalhes aqui). Ou seja, some-se os lucros de todas as empresas de capital aberto de todos os setores produtivos (telefonia, construção civil, automobilísticas, têxtil, energia elétrica, etc.) e mesmo assim não se chega ao lucro alcançado por apenas 15 bancos instalados nesta terra de palmeiras e sabiás.
Eis o resultado de uma política monetária concentradora de renda, tocada pelo Dr. Meirelles (ex-Banco de Boston), que sacrifica dinheiro público para regar com juros a vida dos rentistas.
Não é por acaso que os bancos de cá nem sentiram a marolinha, embora venham restringindo preventivamente o crédito e assim produzindo uma freada desconcertante na economia real.
Também não é por acaso que no mesmo dia, em entrevista à Folha (de papel), Carlos Jereissati (dono do Iguatemi)informa que o consumo de luxo no país vai de vento em popa e que, segundo ele, a crise tem até um lado benéfico: sem perspectivas de despesas em ativos de longo prazo, os ricos tendem a gastar mais ainda com o consumo de luxo.

Renitentes e descabidos juros! Pé manco deste governo Lula.

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