13.5.08

ara sô!


Sardemberg continua impossível. Ao comentar o auspicioso programa de desenvolvimento industrial apresentado ontem pelo governo, disse que se trata de política tímida (porque reduz pouco a carga tributária) e equivocada, porque subsídios são um erro.
Então diga lá, ilustre mídia-ligeira, em que país industrializado não se adotam subsídios?

Um comentário:

  1. A propósito do palpite militante e ligeiro do jornalista Carlos A. Sardenber, da CBN, a respeito da política industrial do governo Lula, veja o que observa a especialista Alice Amsden, de renome internacional:

    Subsídios – um instrumento crucial para o desenvolvimento
    Os grandes subsídios diretos e indiretos à exportação foram essenciais para o rápido crescimento de muitas das mais bem-sucedidas economias em desenvolvimento de hoje, em suas etapas iniciais de desenvolvimento. Nas economias dos tigres do Leste Asiático – Coréia, Malásia, Cingapura e Taiwan (província da China) –, os subsídios tiveram um papel importante nas políticas de promoção da exportação usadas para desenvolver novas indústrias locais.
    Os subsídios coreanos, por exemplo, incluíram créditos à exportação e empréstimos a longo prazo, com taxas de juros reais negativas, para as empresas que conseguissem cumprir as quotas de exportação (ver capítulo 1).Tais políticas permitiram a essas economias tornarem-se exportadoras de categoria internacional de produtos industriais modernos, como produtos eletrônicos, semicondutores e chips, ultrapassando em muito os limites de suas vantagens comparativas.Até os países que tentaram desenvolver sua indústria em consonância com suas vantagens comparativas no comércio internacional usaram subsídios à exportação. Em meados da década de 1980, por exemplo, o Chile instituiu deduções de impostos (tax rebates) para apoiar a exportação de produtos não-tradicionais – sobretudo recursos naturais processados , hoje vistos como catalisadores da próspera indústria local de vinho, uvas e celulose.
    Fontes:Amsden, 1989; Helleiner, 1994; Silva, 1999;Wade, 1990.

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