7.9.10

o pac do Obama

Depois de tergiversar durante um ano e meio de governo, o Presidente Obama parece ter se dado conta de que garantir solvência e liquidez a bancos e instituições financeiras é condição necessária, mas não suficiente para fazer andar a economia dos EUA. Com o setor produtivo em ritmo de espera - preferindo a liquidez -a solução encontrada foi apresentar um plano de investimentos em obras de infraestrutura que ajude não só a despertar o apetite dos reticentes capitalistas norte-americanos, como seja capaz de absorver parte dos desempregados que se multiplicam no país, roçando a taxa de 10% da PEA. Conforme noticiado (leia aqui), serão 50 bilhões de dólares para estradas, aeroportos, ferrovias... Uma espécie de PAC, bem mais tímido do que a versão tocada pela dupla Lula-Dilma, que destinou investimentos superiores a 500 bilhões de reais para um período de 4 anos. Além disso, o plano de Obama propõe também a criação de um banco capaz de financiar projetos de infraestrutura (seria uma espécie de BNDES?!? Para desespero dos mercadistas e dos mídia-ligeira que nos apurrinham nestas terras em que gorjeiam os sabiás).

Trata-se, certamente, passos importantes, pois apontam para um pouco mais de ousadia do Presidente Obama. Entretanto, dadas as dimensões da economia dos EUA (mais de oito vezes a economia brasileira), esse orçamento de 50 bilhões provavelmente não será suficiente para recuperar por completo a saúde do gigante. Porém, assim como aqui, nada impede que mais adiante outras doses do tônico keynesiano lhe sejam ministradas.

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