10.3.09

falaram em "fim da história"? era "fim da economia"

Delfim Netto escreve hoje no Valor Econômico (clique aqui) um bom artigo sobre o fracasso do pensamento econômico dominante, conhecido como economia neoclássica.
Como diz Delfim, animados pela beleza estética de seus axiomas (e apoiados pelos rentistas do mundo todo, como não diz Delfim), os neoclássicos "em lugar de tentar entender como funciona o sistema econômico, tentam ensiná-lo como deveria funcionar (...)".
Tem toda a razão o ex-coisa-ruim Ministro da Ditadura. O pensamento neoclássico, que reduz o mundão econômico - complexo e recheado de interesses e motivações contraditórias - à somatória das estratégias maximizadoras dos agentes microeconômicos, encontra-se em franca decadência e, na pior das hipóteses, deverá passar um tanto de décadas no degredo.

Que venham então tempos de pensamento mais arejado. Neste início de século, com o socialismo real já fora do baralho e o liberalismo neoclássico em franca decadência, tem razão o presidente Lula em sua entrevista publicada hoje no Financial Times: "tenho esperanças de um mundo livre dos dogmas econômicos que invadiram as idéias de muitas pessoas e que foram apresentados como verdades absolutas". E, como divagava o Prof. Belluzzo em uma aula não tão remota, "um dia, talvez daqui a trezentos anos, se ouvirá dizer que no Século XX existia uma pseudo-ciência chamada economia."

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