6.4.08

sopro de telê



É verdade que o Palmeiras nada ganhou até aqui. Mas é ainda mais verdade que vem jogando um futebol que enche a vista, como há tempos não se via nos jardins suspensos de Parque Antártica ou em outras paragens do futebol paulista.
Temos que reconhecer o mérito do Luxemburgo. Com um elenco formado de apenas bons jogadores e um candidato a craque (el mago Valdívia), o Palmeiras vem atuando com muita afinação, tocando de pé em pé, fazendo a bola circular de um lado a outro, parecendo até uma linha de ataque de handebol.
Desafiando a lei de ferro do futebol atual (defender com muitos e atacar com alguns), Vanderlei armou o time bastante ofensivo, com apenas três jogadores dedicados exclusivamente à marcação: os zagueiros Gustavo e Henrique e o aguerrido volante Pierre - o resto da moçada troca bola na intermediária do adversário, até que a trama produza um dado grau de vertigem nos defensores do lado de lá e se revele a trilha que dá acesso ao gol. Dá gosto.
Guardadas as devidas proporções, este Palmeiras lembra os times montados pelo saudoso Telê Santana.

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