14.10.08

toró de palpites


meus caros,
enquanto a crise desabrocha e traz à tona seus lírios e vícios de anteontem, muita coisa boa tem sido escrita sobre as causas e o significado do cataclisma. Finalmente, dá-se ouvidos aos hereges que em tempos de pensamento único eram ridicularizados em sua sensatez fora de hora. Me lembro, por exemplo, como há apenas alguns poucos anos atrás, falar em "razões estratégicas" para defender as empresas estatais era considerada uma sandice de dinossauro ressentido. E vejam como é pra lá de estratégico ter hoje em poder do Estado bancos como o BNDES (única alternativa possível aos investidores industriais), a CEF (que poderá sustentar o ritmo de atividade do setor imobiliário) e o Banco do Brasil (apto a garantir o crédito agrícola). Sem eles, tombaríamos tal qual uma jaca.
Fica cada vez mais evidente que a crise internacional pegará a economia real pelo colapso do crédito e, portanto, o tombo será maior para aqueles que apostaram na tese de que uma brocha na mão e a fé no mercado eram condições mais do que suficientes para flanar no maravilhoso mundo da globalização financeira.
Sobre estes e outros aspectos da crise, o site da Agência Carta Maior (com link ai do lado, na Redondeza) reuniu um conjunto de artigos de renomados pensadores que vale a pena dar uma olhada. Recomendo em especial o didático artigo do Belluzzo (com uma perspectiva histórica da crise), a entrevista da endiabrada Conceição Tavares, o artigo do F. Chernais, o Stiglitz e outros mais. Cliquem aqui
Divirtam-se (enquanto é tempo!)

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