8.10.08

nhaaaaaca!!!!!!!!!!!!!!


Quem teve a oportunidade de assistir ao debate de ontem entre Obama e McCain deve ter notado como ambos pouco consideram o 'resto do mundo'.
Para nós que não somos Yankees, chega a ser chocante como na cabeça dos candidatos, nas perguntas dos eleitores ou nos comentários dos jornalistas o 'resto do mundo' é tido como um grande quintal, onde vivem povos mais ou menos bem comportados e sobre os quais os EUA devem manter-se sempre na condição de tutor ou xerife. Cagam e andam para a ONU ou para a 'autonomia dos povos'. Se interesses norteamericanos forem feridos, não deve haver limites para sua intervenção!
Creio até que Obama, pelo seu histórico e pela sensatez com que trata outras temas, talvez não compartilhe pessoalmente daquela perspectiva. Contudo, dado que precisa conquistar o eleitorado indeciso, adequa seu discurso aos ouvidos do americano médio, e esse cara (o americano médio) é um sujeito terrível: conservador, ignorante e com o rei na barriga.
Por sorte, discurso de campanha é uma coisa e governo é outra. Além disso, a crise financeira dará conta de botar o 'americano médio' em seu devido lugar e quem sabe obrigar os EUA a baixar a crista e colaborar apenas como um país importante na concertação internacional que deverá suceder a crise.

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