29.6.11

a pública: a urtiga

Porreta a iniciativa das jornalistas Marina Amaral, Natália Viana e Tatiana Merlino (todas ex-Caros Amigos) que botaram no ar a página "A Pública", nada menos que uma promissora "Agência de Reportagens e Jornalismo Investigativo".

De saída, 50 traulitada produzidas a partir de documentos do Wikileaks que estão sendo distribuídas a cada duas horas ao longo dessa semana.

E o engraçado da história é que a trupe dos jornalões, que andava dizendo que a internet, os blogs e sites, nada mais eram do que caixa de ressonância da velha mídia, está agora com o olho pregado na Pública esperando o próximo drops, sabor pólvora.

Pois, vamos logo a elas. O link já está devidamente posicionado ali do lado direito, na Redondeza.

Parabéns muchachas!

ET: enquanto isso, no site do Estadão, jornalão por excelência, o que resta é a produção de um parrudo factoide. Aproveitando-se da aura suspeita que cerca o prefeito de Campinas, o jornal estampa em letras garrafais um "grampo" que trataria de um suposto lobby do Dr. Hélio com o marketeiro de Dilma em favor de uma empresa chinesa. Ouça aqui o áudio, disponibilizado pelo mesmo jornal que produziu o factoide, para perceber como não há absolutamente nada de ilegal, irregular ou anti-ético na conversa dos dois. Aliás, o Prefeito deixa claro que se trata de uma decisão de investimento já tomada pela empresa, em favor de Campinas, e que se trata de uma oportunidade - legítima e corriqueira - da Presidenta Dilma, que estaria na cidade, participar do anúncio oficial do investimento da multinacional.

Lamentável! De minha perspectiva, a ilegalidade do episódio está apenas e tão somente na divulgação de uma gravação que foi produzida com autorização da justiça para investigar suspeitas de corrupção na prefeitura de Campinas e que não tem qualquer vínculo com o teor da conversa sobre a qual montaram o factoide. Seria ótimo que o Ministério Público Paulista, responsável pelas investigações em Campinas, se comprometesse, primeiro, a apurar como o material vazou de seus processos e, segundo, a defender o interesse do público ante a patente e irresponsável má fé do "furo" jornalístico desse carcomido jornalão.

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