23.8.09

observando o observatório verde


O futebol, como raríssimas coisas da vida, promove uma deliciosa fusão da objetividade à subjetividade - somadas a apimentadas gotas do acaso. Iluministas que somos, gostamos de arquitetar teses e hipóteses solidamente fincadas nos fatos para justificar a paixão irracional que dedicamos a uma camisa, a uma história gloriosa de uma matilha que nos agrega desde a infância.

Quando os prognósticos falham, os gols não pintam ou o juiz mostra a que veio, cabe a cada um provar para si e para nossos parceiros de esgrima o quanto o acaso ou a rasa moral da arbitragem desfigurou o que parecia inevitável.

Mas, em compensação... quando a bola cutuca as redes do gol adversário, confirmando as teses rabiscadas no guardanapo, aí triscamos o Olimpo. Como semi-deuses mesclamos a paixão humana à oniciência de quem vê o mundo do alto - "falei, filha da puta!".

E por que este intróito?
Primeiro porque com mais de quarenta anos nas costas, continuo tão palmeirense quanto nos tempos em que José Silvério narrava os infinitos empates do meu sofrível palmeiras dos anos 80; segundo porque neste espaço da blogosfera, vai se cristalizando uma rede de blogs dedicados à Sociedade Esportiva Palmeiras que compõem um conjunto muito rico de análises futebolíticas. É o que o blog Observatório Verde denominou de mídia palestrina.

Pois é, a coisa tá tão avançada, que temos até um Observatório, colocando-se como uma espécie de blog-ombudsman do que andam pensando e escrevendo os seguidores da Cruz de Savóia.

Dito isso, convido os que até aqui chegaram para visitar o Observatório Verde, incluso a partir de hoje na Redondeza. Como poderão observar, os caras que o produzem são muito competentes, devidamente habilitados para analisar criticamente a quantas anda o nosso mundo verde.

PS: estive ontem no Jardim Suspenso de Parque Antártica assistindo o jogo Palmeiras 2 x 1 Inter-RS e participando de uma belíssima festa, abrilhantada pelo lançamento da camisa comemorativa do Palestra, inspirada na original, com a qual jogava em 1914. Foi um jogo ao estilo platino, de muita garra, muita vontade de ambos os lados e um tanto de lances brilhantes, como as arrancadas endiabradas de Diego Souza ou o belo gol de honra gaúcho, de Juliano. E atenção: ficou claro que brota um craque no Jardim Suspenso: Souza, volante de marcação, raçudo como deve ser por ofício, porém habilidoso e inteligente como poucos dessa posição.

2 comentários:

  1. adorei, marcelo! que bom quando a gente consegue seguir em frente sem contar apenas com os milagres do são marcos. me inclua nessa comunidade verde e no destino dos seus sempre inteligentes comentários...
    valeriawally

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  2. Grande Marcelo, valeu pela menção. Assim a gente fica sem jeito rapá! Estamos sempre às ordens no front palestrino, e teu blog já está devidamente linkado entre os sites camaradas. Abraço, e dá-lhe Palestra!

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