4.1.11

dilma larga com boa vantagem

Tentando moderar o otimismo, elaborei um quadro comparando os times que começaram jogando nos governos de Lula (em 2003) e de Dilma (2011).

A cada nome, dei nota de 1 a 5, de acordo com os seguintes critérios:

1 = péssimo, lamentável;
2 = fraco, ruinzinho;
3 = não ajuda, nem atrapalha.
4 = bom nome, mas tinha gente melhor.
5 = ótimo, melhor impossível.

Como poderão notar, quando atribuí as notas não considerei apenas o nome ou a biografia de cada um, mas, a sua adequação ao cargo. Muitos, inclusive, começaram numa posição, foram remanejados no governo Dilma e tiveram suas notas alteradas. Além disso, considerei também o peso político dos sujeitos, de tal maneira que um cara bom, mas sem força, pode valer menos que um ruinzinho com cacife. Somei todos e comparei os totais: o time de Lula (2003) alcançou 95 pontos enquanto o de Dilma chegou a 124.

Ou seja, segundo a agência My Buttons & Buttons, o time inicial de Dilma é 31% superior ao que começou jogando com Lula.

Claro que esse diferencial era mais do que esperado. Trata-se de um governo de continuidade - bidestilado - e que, portanto, herda de Lula os quadros de melhor desempenho, mais maduros e experimentados. Também conta a favor de Dilma o crescimento dos partidos de centro esquerda no congresso e a aliança política com o PMDB, fatores que, somados, reduziram a dependência das siglas nanicas e os riscos de chantagens da oposição.

Considerando que se deve acrescentar a esse salto qualitativo da equipe um cenário econômico e social muito mais favorável que aquele encontrado por Lula em 2003, dá pra dizer que Dilma tem tudo para fazer um excelente governo. Suspeito até que, pelo seu perfil e suas características pessoais - aparentemente ela é do tipo que cresce quando provocada - o cargo lhe fará crescer a aura de estadista.

Há, portanto, razões "objetivas" para o otimismo. Vejam o quadro abaixo e façam suas apostas.

6 comentários:

  1. Eu reduziria a nota do Nelson Jobim

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  2. Também não gosto do Nelson Jobim. Mas, considerando a potencialmente delicada relação das Forças Armadas com um governo de esquerda, manter Jobim no cargo pode ser estratégico.

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  3. Métodos Empíricos para se classificar a performance de um ministro. Vou fazer uso da sua ideia e propor este método revolucionário na gestão de performance da minha empresa.

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  4. Diego, onde você enxergou um "método empírico"? E quem falou em performance?

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  5. Marcelo, colocar nota 1 para Palocci na fazenda acho um pouco forte. Eu daria 3, afinal ele ajudou a dar a linha que deu credibilidade a gestão econômica de Lula. Uma idéia é que vc poderia fazer um form no Google Docs e distribuir para diversas pessoas e ver como elas avaliariam.

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  6. Tá certo, talvez o Palocci merecesse um 2, em nome da "credibilidade junto ao mercado", mas seus equívocos em termos de juros, câmbio e passividade macroeconômica custaram muito caro ao Brasil.
    Quanto ao form é ótima idéia.
    Vou colocar lá

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